CORRESPONDÊNCIAS

A humanidade sempre teve está necessidade de expressar seus sentimentos e registrá-los, desde as primeiras civilizações, que surgiram por volta de 4.000 a.C, na antiga Mesopotâmia, onde atualmente é território da Síria, Iraque e Turquia, quando os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme, mas desde a Pré-História a humanidade procurou se comunicar através de desenhos feitos nas paredes das cavernas, chamada pintura rupestre, deixando muito clara a necessidade de comunicar e expressar situações ou sentimentos. A partir dessa necessidade de comunicação, surgiu a primeira arte. A arte tem sido uma fonte preciosa de comunicação entre os seres humanos. A poesia, assim como toda a arte em geral, é um excelente veículo para se expressar sentimentos e ideias e de se manter conectado com o outro. Durante muito tempo, nós comunicamos por intermédio de cartas, e estas, nós chegavam através de agências de postagens, hoje, a comunicação é em tempo real, basicamente tecnológica. Comunicamo-nos todo o tempo, de variadas formas e com os locais mais distantes do planeta. O primeiro documento existente que possa ser considerado literatura brasileira é, justamente, uma carta, a Carta de Pero Vaz de Caminha, escrita por este a Manuel I de Portugal é que continha uma descrição de como o território brasileiro parecia no ano de 1500. Correspondências traz nesta coletânea poética a personificação desta necessidade de se comunicar com o mundo, em formato de cartas, contos e poemas, apresentando-nos autoras e autores brasileiros e seus infinitos talentos, que, surpreendentemente, variam dos 7 anos aos 68 anos de idade, nos deixando muito claro, que, embora a tecnologia tenha modificado drasticamente a nossa forma de comunicação, a essência permanece intocável. "Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas." (Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa).