Sinopse
Este livro é, por um fio, a matéria mínima de que se tece uma vida. Um fio de água estreito, escavado na paisagem, como uma trilha que vai escandindo. Ou o fio, depois da última gota: menos ainda, depois de nem uma gota. (
) Nos intervalos que aguçam a solidão, em que se renuncia à língua, mas não ao poema, as fotografias, em companhia das letras, adensam as fotografias; as letras em companhia das fotografias, adensam as letras. Nesse espaço de ressonâncias entre a imagem que guarda a potência em seu ponto cego e a palavra que ressoa o que em si silencia coexistem a noite, sem nenhum orvalho sobre a cidade, e a cidade, sem nenhum padecimento da noite, atritando-se em faísca de luz. Erick Costa