Sinopse
A obra se propõe a energizar, não uma arte de governar, na qual se vinculam tantas constelações repressivas oxigenadas por penalistas, mas a arte de não ser governado. Convida a experimentar, provocar, instigar, construir liberdades, o que nos remete ao verbo abolir: abolição de culturas repressivas e metas autoritárias, com associações, experimentações e movimentações libertárias, sublimes, que anunciam (e que são) outros mundos. Vida com linguagens e imaginação libertária, que desestabilizam sistemas de castigos e recompensas, autoridades e suas hierarquias, controles e governos em sentido amplo. O presente livro, reúne alguns dos potentes escritos dos autores (Guilherme Moreira Pires e Patrícia Cordeiro), abolicionistas libertários, que percorrem caminhos distantes do senso comum criminológico e do senso comum democrático, atrelado às armadilhas das convocações (d)e participações nos fluxos e diagramações do poder, elemento crucial para se entender a atualidade dos controles no século XXI. Navegando na complexidade da educação libertária, desvelam e dissolvem a educação para a obediência (enxergando seus múltiplos achatamentos, sobretudo na produção de subjetividades, linguagens, máquinas e corpos). O livros nos desafia a abolir as próprias pretensões de autoridade, carcereiro e polícia, hierarquia e poder. Destrona o princípio da autoridade e sua cristalina proximidade com o princípio da punição, energizando horizontalidades e associações libertárias, com muita imaginação não-punitiva. Aparta-se das centralidades, universalidades, abstrações e artificialidades atreladas à razão de governo e razão de Estado, obliterando seus vestígios, mecânicas, operacionalidades, tecnologias. Incentiva a viver, sem temer a ruína do poder.