Sinopse
Todo cronista assim o é por não caber em si, por transbordar. Em Figos maduros, Jorge Bledow derrama humanidade, perspicácia e beleza. Transforma cenas minúsculas, impressões passageiras e cacos de vida em literatura. Abre uma janela para nosso próprio interior, fazendo-nos contemplar paisagens esquecidas pela pressa. Bastaria isso para estar agradecido em prefaciar o livro. Mas há mais: o profundo e imorredouro respeito por um homem de bem. Nosso encontro, necessariamente definido pela atemporalidade, chega a bom termo justamente aqui: diante de textos crônicos, doentes do seu tempo, como define o mestre Affonso Romano de SantAnna. Um contrasenso? Não sei... Preciso perguntar ao Jorge sua opinião! (Rubem Penz, escritor)