Sinopse
Dramaturgia Piauiense - Da Poesia a Política Trilogia de Raphael Gerardo Morais de Oliveira O conceito de estado junto a preocupação com as condições sociais e políticas da sociedade moderna, é o foco central da obra formada pela trilogia dos roteiros teatrais: Morte e Vida Desgraçada - Uma Odisseia no Inferno, O Diálogo dos Bichos, O Reino Encantado das Bananas Verdes e Amarelas, escritos pelo cientista social Raphael Gerardo Morais de Oliveira. A linha tênue entre a chamada normalidade e loucura, ou estado de consciência do sujeito, é o foco da primeira peça chamada Morte e Vida Desgraçada - Uma Odisseia no Inferno. Escrita em 2005 e com sua primeira montagem executada no mesmo ano pelo Grupo Teatral Kimulengos sob direção do ator Lívio Bastos, foi montada com novo elenco em 2008 sob direção de Raphael Gerardo, a peça retrata na estrutura de um manicômio a cidade de TrapyzoOomba onde a loucura é permitida e a corrupção é legalizada. A fábula O Diálogo dos Bichos foi escrita em 2006 e publicado em 2007 pela CBJE na Antologia de Contos Fantásticos Vol.7. Sendo adaptado para dramaturgia e montada pelo Grupo Teatral Kimulengos em 2009, sob a direção de Raphael Gerardo trazendo no elenco os atores Lívio Bastos e Raphael Gerardo, permanece até os dias atuais em cartaz mostrando os bichos que fazem parte do imaginário político brasileiro como: Camarada Onça, Companheiro Raposa, Tubarão da Educação Superior, Rainha Lula e outros. Em O Reino Encantado das Bananas Verdes e Amarelas, escrita entre 2006 e 2016, novamente o autor utiliza a linguagem da fábula para representar a política e os personagens caricatos presentes na estrutura inconsciente coletiva por trás da ideia de um Estado brasileiro, através de bichos como: O Reizinho Tucano de Sangue Azul, O Rato de Toga, A Serpente da Velha Mudança e outros. O teatro como uma ferramenta de transformação social, é uma engrenagem fundamental para a transformação da estrutura cultural de qualquer sociedade. Toda mudança social parte de uma mudança na cultura. Para isso, é preciso que a arte tenha o compromisso de ser um instrumento mobilizador capaz de refletir e propor a construção ou manutenção dos símbolos que habitam o imaginário coletivo.