Sinopse
O presente livro constitui-se da objetivação de mais um exercício mediado pela tradição da necessidade de socialização do conhecimento produzido no âmbito acadêmico. Todavia, há que se destacar o sentido que se dá, neste texto, ao termo tradição, o marxiano: do quadro geral das obras de Marx, depreende-se que a tradição, acumulada na história da produção e da socialização do conhecimento, constitui-se como um dos elementos que movimentam a necessidade do enriquecimento da existência humana, por meio de novas e, mais complexas, objetivações sobre o ser humano e sobre a sociedade humana. Por conseguinte, somente assim, a atividade do pesquisador se realiza e, cumpre sua função social na linha mais geral da história da sobrevivência da sociedade humana.O presente livro se constitui um exercício na direção de se oferecer, como bem público, objetivações acerca de processos educacionais, que compõem um conjunto variado de objetos de estudo, sob, também, variados modos de estudo e de pesquisa. Mas, antes que se detenha na apresentação dos elementos característicos do referido conjunto e, em defesa da como processo, sem o qual sequer humano se é possível ser, destaca-se a seguinte derivação de Alfredo (2013):[...] a concepção de processo educativo, tomada como guia [...], é derivada de Leontiev (1978) e, propugna pela defesa de que o desenvolvimento das capacidades humanas não se consolida como processo natural , isto é, como um dado biológico de caráter genético-hereditário ou, por um tipo de relação imediata, isto é, direta com a objetividade. Mas, sim, o desenvolvimento histórico-social do ser humano está, na objetividade, apenas posto, como possibilidade de vir-a-ser, pode-se dizer, como propriedade ontológica dessa concreta objetividade. Para que o indivíduo faça dessa objetiva possibilidade , dessa propriedade contida nos objetos da cultura humana, os próprios órgãos de sua individualidade, isto é, para que ele se aproprie dessa possibilidade de vir-a-ser e, então, se desenvolva para além das condições dadas pela natureza, ele deve entrar em relação com tal objetividade, pela mediação de outros indivíduos.