PROCESSO ARTETERAPÊUTICO

O trabalho tem como objetivo buscar e refletir o processo arteterapêutico com os recursos da meditação e o arquétipo do mito de Hécate, no decorrer do desenvolvimento do estágio em suas múltiplas fases, da entrada das clientes ao desenvolvimento das atividades, buscando nos envolvimentos dos trabalhos a sutileza do arquétipo do mito de Hécate. O estágio realizou-se com mulheres de 65 a 75 anos, em plena atividade na busca de novos caminhos. Os encontros tiveram as seguintes etapas: Primeiro com a meditação como processo de individuação no Labirinto de Chartres e em seu centro o caminho do SELF de cada mulher no arquétipo da Deusa Hécate e a escolha das cartas do Tarot O Oráculo da Deusa” e cartas coloridas, para posteriormente expressarem artisticamente o processo da busca pessoal e aceitação da Deusa anciã. No decorrer dos trabalhos percebi o mito em todas as etapas terapêuticas na sutileza de seus vários aspectos, da entrada das clientes com a recepção da cachorrinha, ao próprio sol, pois, as atividades foram às 12h00. O sol por vezes escondido abria-se no começo da caminhada das clientes na meditação no Labirinto de Chartres, escondendo-se após as caminhadas, para os trabalhos expressivos. Os trabalhos expressivos eram livremente compostos por cada cliente, as quais traziam paisagens, montanhas, caminhos, por elas desenhados. Observa-se a busca do feminino sagrado e em suas falas finais dos trabalhos, a aceitação da idade, que não necessita de tanta correria. No começo, chegavam atrasadas com muitas tarefas, no decorrer dos trabalhos, foram acalmando diminuindo suas atividades e questionando o porquê de tanta correria. A Deusa anciã se faz presente na aceitação, de que não necessitam correr tanto e sim aproveitar cada momento presente. A arte e o mito trabalharam a essência da alma em suas várias expressões, as senhoras vivenciaram o inconsciente e consciente numa trajetória de aceitação e novas descobertas.