Sinopse
Última safra do silêncio é, antes de tudo, inquietante. Por que, depois da ditadura, só ficou o silêncio? Foram quinze anos subterrâneos, dos quais não se ouve mais o ruído e nem as lufadas quentes que certamente emergiram de sua trajetória como o vento morno e desconfortável nas bocas dos metrôs. Mas sobre isso, silêncio. Caramez ousa denunciar este silêncio cúmplice, por isso se torna culpado de testemunho veraz."Em silêncio/ amigável/ invisível/ fico/ facilmente/ traduzível" se confessa, à guisa de atenuante. Atenuante para o crime de não aguentar o silêncio; e falar.Jefferson Barros