Sinopse
a cidade é a grande figura desta nova coletânea. a cidade abandonada, mesmo que, ironicamente, superpovoada - aquela "aglomerada solidão" que canta tom zé em são paulo. e a gente que nela vive é muda, entristecida e indiferente (...) é a cidade que, divorciada de seus habitantes, jorra conceitos, junto com lixo, de suas tripas, de suas tubulações - que, traduzidas, num coágulo de conceitos, cruzam o corpo do livro. e é no esgoto e no lixo que se pode tatear alguma mínima clareira sobre esse organismo de pedra cercado de imundíce por todos os lados, onde, por picardia, umas flores, vez em quando, nascem (...) a cidade, neste livro, se transforma em reflexão sobre a poesia e as implicações que rondam o seu fazer em nosso tempo.vivendo no coração do caos a dialética das alegrias e das dores, encantar flores no lodaçal, como protesto contra a hostilidade utilitarista do mundo