Sinopse
Identidade e diversidade são termos de forte carga emocional e política, que aparentemente apontam para campos opostos: o que privilegiar, o idêntico ou o diverso? Num extremo estaria a ideia, cara à sociedade ocidental moderna, de que todos somos iguais - perante a lei, perante Deus. No outro, a liberdade, igualmente cara, de grupos compartilharem características e valores específicos que os diferenciam dos demais. Nesse embate, o universalismo é acusado de totalitário e o particularismo de discriminatório e defensor das desigualdade.Por conta do relevo dessa temática, a UNESCO - agência da ONU para a Educação e Cultura - fez aprovar em 2001, na sua Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, um conceito em que se entende a diversidade como uma dimensão que "amplia as possibilidades de escolha que se oferecem a todos; pois ela é uma das fontes do desenvolvimento, entendido não como crescimento econômico, mas também como meio de acesso a uma existência intelectual, afetiva, moral e espiritual satisfatória".