Sinopse
Na quadra histórica em que vivemos, é a tirania categórica do tempo reificado do capital que torna expressiva a ação degradante do tempo sobre a existência dos indivíduos, uma vez que o capital se constitui como forma de produção de riqueza que maximiza o leitmotiv da estrutura da sociedade fundada na exploração do tempo de trabalho de seus produtores. Além de expropriar o tempo de trabalho dos produtores diretos e constituir uma classe parasitária que vive da expropriação do excedente produzido pelo proletariado, a lógica do capital não consegue apontar para a plenitude do sentido da vida, pois o capital está enredado na degradação da existência humana e na destruição da natureza.É condição imprescindível da emancipação humana o desenvolvimento das forças produtivas numa perspectiva que deixe para trás os problemas decorrentes do tempo reificado do capital, pois ele comparece como elemento impeditivo do desenvolvimento das ricas potencialidades humanas e das forças naturais. É fundamental a constituição duma nova relação de produção que permita outra relação com o tempo histórico de vida dos indivíduos. Nessa perspectiva, é nodal recuperar a tradição marxiana que trata da natureza do tempo e do papel fundamental que desempenha o trabalho em qualquer forma de sociabilidade.