ECONOMIA CRIATIVA (CAE)
Madeira
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Sinopse
Embora o conceito de economia criativa tenh emergido no início deste século, a exploração econômica de produtos culturais é bem menos recente. O que difere o contexto atual é a presença maciça do elemento tecnológico, que revolucionou a produção cultural de várias formas e dotou-a de importância inédita. A inclusão da economia criativa como tema da agenda multilateral remete, historicamente, à promoção das indústrias culturais pela Unesco, nas décadas de 1980 e 1990. Desde a XI Unctad, realizada em São Paulo, em 2004, outras agências têm tratado do tema; além da Unesco, o PNUD, a OMPI, a OIT e a p´ropria Unctad juntaram esforços para a elaboração dos primeiros dois Relatórios de Economia Criativa de 2008 e 2010, documentos que confirmaram o dinamismo de um comércio mundial que ultrapassa US$ 600 bilhões. O trabalho explora o desenvolvimento do tema tanto no contexto multilateral quanto em alguns países - Austrália e Reino Unido, por terem sido pioneiros na instituicionalização do conceito; China, Índia e África do Sul, por sua importância estratégica para a política externa brasileira e como forma de subsidiar possíveis ações diplomáticas. Por fim, depara-se com a questão: como o Itamaraty poderá contribuir para o esenvolvimento da economia criativa brasileira? Alerta-se para ue o momento de crescente atenção internacional sobre o país traga resultados duradouros no senido de fazer com que a reconhecida criatividade brasileira possa materializar-se em produtos de alto valor agregado, os quais reverterão, por sua vez, em maior exposição internacional do Brasil.