O OLHO DO INSETO

Os diversos enfoques destes ensaios lembram o olho do inseto, cuja composição biológica possibilita visões em múltiplas direções, assim como as cidades, múltiplas em agentes criadores e inesperada em suas realizações.Os autores deste livro são arquitetos que se propuseram a pensar o fenômeno urbano por meio de suas vivências em diversas cidades, sempre retornando àquela que mais conhecem: Curitiba.Os textos aqui apresentados seguem a mesma ordem em que foram escritos em colunas quinzenais publicadas no jornal Gazeta do Povo, sempre com um tema específico, por: Salvador Gnoato, Fabio Duarte, Clovis Ultramari e Irã Taborda Dudeque.Se existe divergência no foco e nas prioridades, há semelhança no desejo de uma cidade mais aprazível de se viver e mais racional para se trabalhar. A crítica da cidade funcional que gerou Brasília é consenso entre os autores, assim como a descrença de que um plano diretor bem elaborado e implantado possa solucionar os problemas urbanos.Há certo incômodo e mal-estar que permeia estes textos. Mas não há solução fora da cidade! Além das questões observadas, vislumbrar um mundo para fora da cidade que os autores conhecem foi um esforço perseguido.