Sinopse
Não há dúvida de que a reforma litúrgica do Concílio trouxe grandes vantagens para uma participação mais consciente, ativa e frutuosa dos fiéis no santo sacrifício do altar. Entretanto, não podem passar em silêncio os abusos, inclusive de máxima gravidade, contra a natureza da liturgia e dos sacramentos, assim como contra a tradição e a autoridade da Igreja, que não raramente, em nossos dias, em vários âmbitos eclesiais, comprometem as celebrações litúrgicas. Em alguns lugares, os abusos cometidos em matéria litúrgica são freqüentes, o que obviamente não pode ser admitido e deve cessar. A observância das normas emanadas pela autoridade da Igreja exige conformidade de pensamento e palavra, dos atos externos e da disposição de ânimo. Tudo o que é dito na presente Instrução, como o texto mesmo o assinala na introdução, procura levar a essa conformidade dos nossos sentimentos com os de Cristo, expressos nas palavras e nos ritos da liturgia.A recente Instrução sobre a eucaristia emanada da Congregação para Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, de acordo com a Congregação para a Doutrina da Fé, depois de discorrer sobre a autoridade da hierarquia sobre a regulamentação da liturgia e o papel simplesmente participativo dos fiéis leigos, que podem, entretanto, ser chamados a atuar em casos excepcionais, lista uma série de "abusos" referentes à celebração da missa, à comunhão eucarística e a outras práticas do culto eucarístico, terminando por propor algumas pistas para a coibição de tais abusos. Conclui o Documento: mais do que a unidade, pode-se dizer, busca-se uma uniformidade no que é julgado essencial, como garantia da unificação contra os germes de desagregação tão enraizados na humanidade, por causa do pecado, conclui o Documento.