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PALAVRAS SUJAS

Tatyana Lima
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Sinopse
A ANTI-POESIA DE TATYANA LIMAA poesia pós-moderna não quer mais emocionar. Quer, isto sim, sacudir as palavras, extraindo delas sons rascantes, muitas vezes inarticulados. Assovios e dissonâncias são igualmente bem-vindos. Seus versos são blindados contra qualquer tipo de sentimento que não seja a estranheza. É uma poesia com dispositivo de auto-destruição. Não se emocione, por favor, sugere ela. Leia-me e siga em frente. Se você olhar para trás, vai se transformar numa estátua de sal. Os versos de Tatyana Lima são, neste sentido, anti-poesia. Eles emocionam! Não que seja essa sua intenção: é antes seu destino. Cada poema é um espelho partido onde se reflete o leitor. E este não tem outra saída exceto sentir. Nenhum tapume erudito se interpõe entre leitor e emoção. É um discurso de alta voltagem literária, cheio de fios desencapados. A maioria dos versos são brancos; os adjetivos, rasos e precisos. Algumas vezes, Tatyana discute o próprio fazer poético. Mostra a si mesma e a nós os tijolos e cimento de sua construção literária:'as palavras me saemcomo roupas dobradasde uma gaveta no armáriovêm lavadas e passadasprontas para serem usadasalgumas são apropriadase combinam com o que espero dizeroutras, não me servemé preciso devolver.umas já estão manchadas, velhs,puídasde tão usadasde tão moídas.mas são confortáveisuso-as distraídas.outras me apertam, incomodammas são bonitasestas uso para serem ditasde outra forma mofam novaspobres palavras interditas.acabo usando tantas eelas nunca se acabam.gavetinha benditaque me dá o verbo,o sentimento e a palavra.'A poesia de Tatyana dispensa atavios da moda. É emocionante e universal. Sua arquitetura tem a enganosa simplicidade de uma teia de aranha. Sem pressa, vai urdindo em torno de nós uma armadilha perfeita. Em pouco tempo, estamos presos. Há romances, intrigas, assombros, introspecção, flagelos. Ler Tatyana Lima é jogar-se inteiro numa aventura sensorial e encantatória. Vivemos seus medos e perdas como se fossem nossos. Percebe-se também uma funda tristeza. A maioria dos poemas exala angústia. Ela tem um jeito úncio de "chorar por dentro". Tem um orgulho ancestral que a impede de exibir suas dores em toda a sua plenitude. O poema "Herança" é um bom exemplo disso.Fica difícil ler Tatyana Lima sem lembrar-se de Emily Dickinson e Yves Bonnefoy (que ela nunca leu). São mamíferos da mesma espécie num mundo ainda regido por dinossauros. Não há mais nada a dizer. Mergulhe em seu livro.Carlos JordãoPublicitário e escritor, autor de "O alfabeto do arroz", primeiro volume de uma trilogia.

Categoria
Editora Editora da UCG :: Editora Kelps
ISBN-13 9788577667895
ISBN 8577667898
Edição 1 / 2009
Idioma Português
Páginas 64
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