A VIDA EM JAZZ

Viver em jazz, "jazzer" na noite, batucar com os boêmios godo o ébrio amanhecer. Observar os gatos, sejam partos ou não (mas todos são!), saltitar entre poças d'água e tampas de lata de lixo, rolar pedra pros bueiros e conseguir ouvir e ver a partir dessa balbúrdia toda uma cena de um grande musical dos anos 30. Assentar junto ao balcão de um bar-café, perdir ao garçom de meia idade avançada que coloque um jazz na vitrola - Ron Carter é sempre bom para começar, ou então Jane Monheit - e esperar noite após noite aparecer um drink único, sutil, com muito jazz ao som da doce clarineta."A Vida em Jazz, contos para jazzeificar a vida" traz cenários como este, compostos em contos, textos, crônicas. Ilustrados com recortes de papel preto no papel branco, sugestões de drinks, canções e álbuns. O jazz se manifesta no autor como pacote completo. Barba, cabelo e bigode. Sala, som, companhias e licor. Whisky e amigos num bar ou um menino jogando bola na rua para salvar o beco. Um saxofonista que duela o jazz com um dançarino de sapateado alucinado no "Saxojazz". No meio de tanta canção abrigou-se ao menos uma crônica de amor. A vida em jazz. Jazz em todos os cantos. Contos para jazzeificar a vida.