POR QUE OS LOUCOS ESCREVEMOS LIVROS TÃO BONS?
Tiago Franco
(0) votos | (0) comentários
Sinopse
Por que os loucos escrevemos livros tão bons reúne quinze contos começando por um exercício narrativo cuja forma se assemelha ao tema subjacente a todas as narrativas do livro: o duplo. O engolidor de vogais, o primeiro conto, leva ao extremo a demanda por inovação de uma literatura que se autodenomina pós-moderna, erigindo em torno do personagem um muro de isolamento e alienação, que só faz afastá-lo dos potenciais leitores. Wall Street Journal. o diário íntimo de um escritor que encontra na doença mental um alívio para sua recusa em escrever, vítima de um misterioso mal cuja semelhança com o Bartleby de Melville parece perturbá-lo. A pedra, O autista literal e Writers block, cada um a sua maneira, descrevem escritores em situações-limite com o fazer literário e as saídas, ou melhor, os impasses que encontraram para dar sentido ao inominável em suas obras. Ks, O caso Borges, O inconsciente de Schmitz e Maupassant ficcionalizam a biografia de escritores como Kafka e Svevo a fim de examinar as relações entre loucura e escrita literária. Na verdade, desde a primeira narrativa, passando pelo conto que dá título ao livro, espelho da vida e da obra do dramaturgo Qorpo-Santo, at Interimrio, recorte biográfico nada lisonjeiro sobre o Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa, o que mais chama atenção o domínio da narrativa, cuja estrutura parece ter sido criada na medida certa para abarcar a superposição de realidade e ficção contidas nesses contos que se aproximam do absurdo da condição humana.