Sinopse
Imaginando que podíamos engolir o Atlântico, quem desejaria realmente fazê‑lo desaparecer? Deixemo‑lo separar‑nos, talvez seja assim que mais intensamente nos une. A primeira tendência do cosmopolita é rejeitar as fronteiras. Ler é, por definição, um acto de cosmopolitismo. Eis um dos paradoxos admiráveis da literatura: sou mais eu sendo outro. É nesse espírito paradoxal que inauguramos esta nova etapa da Granta, num equilíbrio poético em que aquilo que nos une por vezes nos separa, e aquilo que nos separa também nos une. Carlos Vaz MarquesNeste número:José Eduardo Agualusa, VissolelaFrancisco Bosco, Meu gozoEmma Cline, Los AngelesJulián Fuks, A ocupaçãoHan Kang, O fruto da minha mulherAdriana Lisboa, Dia de IemanjáPatrick Marnham, A fronteiraPeter Pomerantsev, O país da propagandaValério Romão, Os limites do humorKeane Shum, O tamarindo é sempre amargoTeresa Veiga, Le cose belleMarcos Chaves, ensaio fotográficoRita Lino, ensaio fotográficoJoão Fonte Santa, ilustraçõesAndré Carrilho, capaDaniel Blaufuks, direcção de imagem