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IZAQUE DE CASTRO: O MANCEBO QUE VEIO PRESO DO BRASIL (SERIE DESCOBRIMENTOS #1)

Elias Lipiner
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Sinopse
Isaac de Castro, teve no Brasil a alcunha de Tartas”, por ser o nome da terra onde nasceu na Gasconha, em França, em Julho de 1626; mais tarde foi adoptado como sobrenome de toda a família, já então residente em Amsterdam. Era sem dúvida um rapazinho muito inteligente, como o processo demonstra à evidência. Nascera em terra de católicos, filho de pais nascidos em Bragança e de católico manteve a aparência enquanto criança, chamando-se Tomás Luis. Quando tinha 14 anos, toda a família se mudou para Amsterdam, todos foram circuncidados e passaram a ser judeus às claras; ganhou então o nome de Isaac de Castro, que mais tarde na Baía trocou pelo de José de Liz.Seria também rapaz de ferver em pouca água e quando estava a preparar a sua entrada na Universidade de Leiden, teve um desaguisado com um colega que feriu e possivelmente matou. Viu-se então obrigado a fugir para Pernambuco, no Brasil, que nessa altura, estava em poder dos Holandeses. Ainda não chegara nessa altura aos 16 anos. Com essa idade, não tem assim o mínimo sentido a hipótese de Lipiner, de que ele teria sido enviado ao Brasil para doutrinar na Lei de Moisés os judeus que ali se encontravam e que gozavam de bastante liberdade entre os Holandeses.Andou pelo Recife, mas a vida não lhe deve ter corrido muito bem. Conheceu sem dúvida muita gente, sobretudo da comunidade judaica, cujos membros denunciará mais tarde na Inquisição. Mas devia ter pouco jeito para o negócio e acabou cheio de dívidas. Ao fim de 20 meses, decidiu fugir para a parte portuguesa e ir para Salvador da Baía. Deu como desculpa que teria outra fez ferido ou matado alguém, mas há testemunhos que dizem que ele fugiu para não ser executado por dívidas.Sendo declaradamente judeu, corria sério perigo de ser preso na Baía. Parece-me do processo que a ideia dele era arranjar ali uma passagem para a Europa, isto é, para Amsterdam. O problema da religião resolvia-o assim: dizia que não era baptizado e assim ser-lhe-ia perdoado o passado de judeu, pois não seria herege; e pedia para ser baptizado, secretamente de preferência, e diria que se queria converter à fé católica.Para isso, dirigiu-se ao Bispo da Baía, D. Pedro da Silva de Sampaio, e esse foi o seu erro fatal. O Bispo fora Inquisidor durante 17 anos e era pessoa dura e de mau feitio. Aliás, tinha uma péssima relação com o Governador. Mas surgiu a ideia de que podia ser um espião dos Holandeses e assim foi mandado prender pelo Governador. Este depois soltou-o, pôs um espião a segui-lo e voltou a prendê-lo. Interrogou-o de novo e, quando ele disse que era judeu circuncidado e queria ser católico, mandou-o de novo para o Bispo. Isto diz o Governador, mas o Bispo diz que o Governador o pôs em liberdade e que ele Bispo é que o mandou prender por um familiar. Tudo isto se passou num curto espaço de tempo, 15 dias, quando muito. O Bispo remeteu-o à Inquisição de Lisboa e mandou-o meter num barco para Lisboa que zarpou a 5 de Janeiro de 1645, tinha ele pois, 18 anos.

Categoria
Editora Massangana
ISBN-13 9788570192264
ISBN 8570192266
Edição 1 / 1992
Idioma Português
Páginas 322
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