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CONTOS MALDITOS (REDONDEZA CONTOS)

Joao Pentagna
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Sinopse
Escrevo uma introdução para estes meus Malditos não para justificar-me, mas para expor como opera essa maquinaria infernal. São malditos não como maldição, mas no caminho do mal-dizer, eu quero esburacar a língua e mirar com vocês por entre as frestas em durações vagas onde poucos exploram.O primeiro conto é o mais simples, eu tinha dezesseis anos e o próprio tom é ingênuo, chama-se Reflexões à margem da razão. Mas nele já está o gérmen de tudo que ia vir, na contestação das escravidões um sentido determinante, como a raiz de uma árvore se levantando.O segundo, que chamei de Totem, fala da nostalgia, daquele desejo profundo de retorno à natureza, a participação mística entre o sujeito e o objeto. Estava aí plantada uma confusão fundamental que eu levaria entre o dentro e o fora, dando voz a um carvalho que presencia quase silente, mas comovido o passar do tempo.O terceiro conto, Baile de máscaras, eu escrevi dos dezessete aos dezoito anos e é, inequivocamente, uma sublimação do sofrimento pela fantasia, com a descoberta do prazer e da dor, do terror, do delírio e do desespero. Progressivo reconhecimento de si não em um espelho, mas na vivencia dos seus estilhaços.O quarto e o quinto são contos de ficção científica com toda a radicalidade de um apocalipse. Imagine primeiro com O fim da internet, se fosse possível o fictício e metafórico assassinato da web, é um bocado curioso jogar com as possibilidades, acima de tudo com a influência ácida de uma escritura corrosiva. Depois pensem no gênio maligno do objeto, em toda sua potencia irônica contra nós, inumanos, vivendo o tempo todo presos em uma Poltrona, vivendo tudo apenas virtualmente por canais virtuais implantados diretamente como eletrodos no cérebro. Essa é a história de Apelo Lunar.O sexto conto, Roda dentada, é mais filosófico, utilizo o conceito para descrever em um processo a dificuldade e maior probabilidade de tudo não ser, uma máquina operando e rangendo para encaixar as coisas. E ainda a ambivalência do olhar, olho-tela, olhar proto-comunicativo que faz mudar cada coisa que toca. Homem na solidão, sem o olhar do outro como seu paraíso perdido.O sétimo e o oitavo são contos no estilo do estranho, nos limiares entre o real e o imaginário, um mergulho no surrealismo, na despersonalização, quase até a patafísica, pela promiscuidade dos sentidos mais estranhos. A mão cortada no deserto se passa nos salares do norte do Chile e Sul da Bolívia, enquanto a Voz de vampira em Paris, ambos pretendem demolir o real racional por uma lógica das sensações e dos artifícios.O nono conto é um poema em prosa, conto experimental do amor desencontrado, onde o acaso ou o destino sempre fazem nas mais diferentes paisagens e cenas nostálgicas do amor um ato de disjunção entre os dois amantes. Perdidos, longe um do outro ignorando as viagens do Sol - quando juntos toda vez em guerra contra seus próprios desejos, sempre temendo se entregar demais. História do desencontro. No décimo conto falo do Mal radical, aquele oposto ao ato subordinado como pura destruição, conto batailliano, diz do desejo insustentável dominando tudo, imolando a moral em fios de faca, todos eles penetrantes. Sobre as fantasias que tomam o homem e o deixam possesso, se não toca expressamente as questões do sadismo e do masoquismo é porque no narrador a perversão é o que ele chama de generalizada, em progressivos experimentos ele acredita poder tudo, não existem preferências como estruturas, mas sucessões de estados.O décimo primeiro, Notas mexicanas, é sobre uma viagem louca de Kombi em companhia de um francês. Cheia de aventuras e confusões em um país maravilhoso, bem no estilo hippie.O décimo segundo, Rituais com ayahuasca, trata de um psiconauta sondando os limiares, passeando nas bordas mais altas dos precipícios com os olhos estatelados, perplexo. Abertura de novas realidades incorporais, energéticas e espirituais.Enfim, o último conto, Som do universo, se passa em um festival de música eletrônica ao longo de sete dias na Bahia. Como opera a máquina olhar-do-outro. Corpo-experimento. Desejo de infinito.

Categoria
Editora Multifoco
ISBN-13 9788584735327
ISBN 8584735321
Edição 1 / 2015
Idioma Português
Páginas 288
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