O GÊNIO DO CRIME

O Gênio do Crime está fazendo quarenta anos. É um livro que a criança lê e relê, se entusiasma, e nunca esquece. É o livro que o pai e a mãe dão para os filhos, porque leram quando eram crianças, e antecipam a mesma alegria para o filho ou a filha. E surge na mesa, na hora do jantar, um papo animadíssimo sobre os menores detalhes desta aventura do gordo e da sua turma, o pai, a mãe e a criança se revezando, cada um contando a sua parte preferida ou amavelmente se disputando qual pedaço um lembra melhor que o outro. Um dia, no fim da década de oitenta ou no começo da de 90 o autor emocionou-se muito a primeira vez que deu autógrafo no livro de uma criança que muitos anos antes ele havia autografado para o pai ou para a mãe. Hoje é rotina, faz muito tempo que é rotina, mas o autor ainda se emociona cada vez que autografa um assim. Este livro tornou-se um clássico da literatura infantil brasileira e perpetuou a aventura em que a turma do gordo salva o seu Tomé da falência descobrindo a fábrica clandestina de figurinhas falsas. O cérebro privilegiado de um gênio do mal havia imaginado um crime perfeito, e perfeito parecia, até que o gordo chegou e botou a sua cabeça para funcionar. O fantástico duelo de inteligências termina com a vitória do bem sobre o mal. Mas não foi nada fácil. Foi muito complicado. E perigosíssimo.