OUVE-SE SEMPRE A DISTÂNCIA NUMA VOZ
Rui Nunes
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Sinopse
Por vezes a tua cara torna-se nítida e insuportável. outras vezes, esbate-se e com o esbatimento vem-me a resignação de te ter perdido. Às vezes esqueço-te. Ou ficas escondido numa casa, num quadro, numa árvore, de onde ressurgirás. Um dia olharei o quadro, a casa, a árvore, e lembrar-me-ei de ti. Mas cada vez haverá menos sítios onde te esconderes. a tua face vem e atira-me sempre para o mesmo tempo, é uma face que o ódio esquece, anterior à deserção, a face de quem encontrou a primeira palavra, é essa que me olha nos sítios mais vulgares. Não te procuro : de repente, estás ali. Como uma arma. O límpido assassino...