Sinopse
Jiddu Krishnamurti (1895-1986) é considerado por muitos que o conheceram e escutaram entre os quais escritores, filósofos e cientistas eminentes como um dos grandes pensadores do séc. XX, tendo sempre recusado ser olhado como uma autoridade ou um guru em questões religiosas. Em questões desta natureza, apelava continuamente para a necessidade do autoconhecimento, afirmando: «Cada um é, para si mesmo, o mestre e o discípulo». Filósofo e educador, dedicou a sua longa vida a tentar captar a atenção dos seus ouvintes e leitores para a urgência de uma mudança interior como meio de criação de uma sociedade diferente.Em mais de sessenta obras, a maior parte publicada nas principais línguas do mundo, Krishnamurti realiza uma pesquisa essencial, indo à raiz dos problemas humanos a mente do homem.A Educação foi sempre uma das preocupações de J. Krishnamurti. Fundou escolas em diferentes partes do mundo onde crianças, jovens e adultos aprendem, juntos, a viver um quotidiano baseado na compreensão da sua relação com o mundo e com os outros seres humanos, no sentido de um real descondicionamento psicológico e tendo como objectivo último o florescimento interior.Segundo as suas próprias palavras: «Estou apenas a ser como um espelho da vossa vida, no qual podeis ver-vos como sois. Depois, podeis deitar fora o espelho; o espelho não é importante.»Krishnamurti apresenta um desafio só uma mutação a nível da mente poderá dar resposta à crise do mundo, submetido a pressões e forças destruidoras, geradas pelo próprio homem. «Criámos esta sociedade e ela condiciona-nos. As nossas mentes são deformadas e pesadamente condicionadas por uma moralidade que não é moral; a moralidade da sociedade é imoralidade, porque a sociedade admite e estimula a ambição, a violência, a competição, a avidez, etc., que são essencialmente imorais.» «Precisamos de mudar completamente; isso é a maior das revoluções não é atirar bombas para nos matarmos uns aos outros.» As revoluções violentas são fruto da confusão em que se encontra o ser humano, provocando mais violência ainda. «Tem de haver uma revolução radical interior, uma mutação psicológica total... É essa a revolução interior, psicológica, de que nasce imediatamente uma revolução exterior.»