Sinopse
Há anos já se percebe um ambiente de desânimo dos cidadãos diante da democracia. Muitas foram as promessas, aumentando a expectativa de um futuro mais inclusivo, mais participativo e mais representativo, que parece ainda não terem sido cumpridas. Junto desse sentimento que questiona o sistema democrático vem a necessidade de se apontar responsáveis por essa situação. E o alvo principal foram os partidos políticos. Devido ao seu notório protagonismo na condução dos assuntos políticos, é natural que eles sejam os primeiros a serem postos no centro do problema da representatividade, da falta de voz nas esferas de tomada de decisões, ou mesmo da própria incapacidade de se lidar com a democracia em si.Assim, automaticamente foi se buscando alternativas para a melhora dos canais de participação e do exercício de direitos políticos, e uma delas foi a ideia de lançar candidaturas independentes. Nomes que estivessem alheios à máquina partidária, que não fossem fruto da indicação da cúpula da agremiação e que pudessem oxigenar o espectro de propostas eleitorais.É sobre esse conflito entre a manutenção e por que não a insistência? dos partidos nos sistemas democráticos e as novas formas de composição do mercado eleitoral que se trata esse livro. Ele surgiu justamente em um momento que o Brasil, um país onde nunca se havia debatido com detalhe a alternativa das candidaturas independentes e sem tradição de política e do monopólio partidário, traz com força o tema envolvendo o Poder Judiciário, o Poder Legislativo e a população. Afinal, o ordenamento jurídico brasileiro admite tais candidaturas? É adequado e conveniente para a democracia brasileira?Estas são apenas algumas das perguntas que este livro aporta ao debate.