ENTRE A CIDADE E O CAMPO

O modernismo desejou exaltar a cultural nacional, e inseri-la como caldeia de conhecimentos populares, que mereciam apreciação. Mário de Andrade, poeta moderno, encantado também pela música, procurou entender a situação musical do século XX, partindo dos seus estudos etnográficos pelas terras do Norte e Nordeste.A situação da massificação da música, potencializou cantores individualizados, em cujas canções decaia-se a qualidade do conteúdo, quando superados por uma música de consumo, influenciada pela Europa. Para entender o processo cultural da música do século XX, Valdemar Valente recorta em seu livro, partes das pesquisas etnográficas de Mário de Andrade.Nas suas viagens, o modernista Mário de Andrade deparou-se com um Brasil de imenso atraso em relação as tendências culturais da massa – estilo que se expandia por grande extensão das terras brasileiras. Este povo de regiões escondidas do Brasil, tinha em suas raízes elementos folclóricos e rurais.O estudo desta obra é um ensaio que visa trazer entendimento sobre a situação musical brasileira do século XX, partindo para isto de um antagonismo em relação a música regional brasileira, folclórica. O Rio de Janeiro aparecerá como centro propagador de fomento a música popular, sendo situado em um contexto histórico-político que elucidem um pouco sobre esta nova formação.Desta maneira a construção para uma identidade brasileira, esbarra-se em um contexto de fortes influencias exteriores, e nesta luta de contraste a cultura se forma, tornando difícil limitar até que ponto estas forças se misturam ou se separam.