Sinopse
Trata-se de um estudo encomendado pela Secretaria de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência ao antropólogo social Gabriel O. Alvarez e ao fotógrafo documentarista Luiz Santos para, juntos, visitarem os remanescentes de quilombos, em Minas Gerais; a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no vale do Jequitinhonha, no mesmo estado; os terreiros de candomblé e as baianas do acarajé, na Bahia; além dos maracatus do Recife. Ou seja, populações negras com diversas formas de organização social, bem como as suas principais instituições.Privilegiando a óptica dos beneficiários da Previdência em instituições tradicionais das populações afro-brasileiras, os autores realizaram o trabalho de campo a partir da hipótese de que, frente à invisibilização das populações negras do Brasil, é possível visibilizá-las centrando-se não apenas na cor da pele, mas também na tradição cultural. Os estudos sobre impactos da Previdência são tradicionalmente focados em análises quantitativas. Até há pouco tempo, eram raros os trabalhos que privilegiassem a óptica dos utilizadores da política previdenciária, em especial dos beneficiários.