Sinopse
No mundo contemporâneo, o corpo está em destaque. Imerso em uma atmosfera de eficiência, ele se encontra a serviço da longevidade e atua como instrumento para a consolidação de uma pretensa imagem ideal. Em tal contexto, o que poderia expressar a tímida e enigmática ocorrência dos fenômenos místicos, nos quais o corpo também se apresenta em destaque, porém, às avessas? Contrapõe-se, ao corpo em oblação do místico, o corpo perfeitamente delineado e funcionalmente preciso do homem contemporâneo. Enquanto que o corpo atual é domável, quase cordato, o corpo místico, ao apresentar-se em estado de absoluta vulnerabilidade, de apatia extática, parece se insurgir contra a jurisdição das leis naturais. Quais seriam, então, as diretrizes às quais este corpo martirizado responderia?