FATINE (GRAND THEATRE SORCIÉR #01)

O Grand Theatre Sorciér, um lugar outrora inflado pela glória, sucumbe ao completo abandono. É o que pensam os que não sabem. Um terrível episódio na estréia de sua principal produção o fez fechar as portas e guardar com ele, seus próprios segredos. Mas certos acontecimentos não podem ser mascarados por figurinos deslumbrantes e camadas de maquiagem. Não por tanto tempo. Quando Ania decide ir até o local indicado pela rebuscada caligrafia, o bucólico vilarejo de L’amant, ela não imagina que conhecerá o homem que a fará entender o verdadeiro significado de entregar a alma a um personagem. Literalmente. Em um lugar preso à um tempo que não voltará, sob o comando de um excêntrico diretor e na companhia de pessoas que parecem saídas de um livro, a bailarina é escolhida - como se o destino pudesse ser uma escolha. - para ser a protagonista de uma peça que causa arrepios cada vez que é mencionada, sobretudo naqueles que sabem o que ela significou para a história do teatro Sorciér. Não bastassem as visíveis coincidências, sua vida real parece tomar o mesmo rumo do enredo bem elaborado daquela peça. Aquilo já acontecera uma vez e acabara da pior maneira. Ania Daér precisará conhecer cada detalhe dos bastidores, em uma intrigante jornada ao passado, para que o seu final não seja como o da antiga protagonista daquela história, Fatine. Uma narrativa onde o sombrio é envolto a todo momento pela mágica história de uma peça, pelo encanto de músicas que ajudam a contá-la, e pela sensibilidade de diálogos que só poderiam ser encenados por verdadeiros artistas. Com um desfecho artisticamente dramático, o Grand Finale encerra, de uma vez por todas, a história de Fatine.