Sinopse
"Esta manhã ao acordarHavia uma rosa no meu vaso de flores:A pergunta ocorreu-me -O poder que te trouxe através dos temposAté à beleza final,Evitando sempreO tormento da horrível incompletude,Será cego, como um sannyasi,Não fará distinção entre a beleza e o oposto da beleza?Será meramente racional,Meramente físico,Sem sensibilidade?Há alguns que defendemQue a graça e a fealdadeNa corte da Criação,Que a nenhuma delas é recusada a entradaPelos guardas.Como poeta não me posso permitir tais discussões -Só posso contemplar o universoNa sua forma total e verdadeira,E os milhões de estrelas no céuTransportando a sua imensa e harmoniosa beleza -Nunca interrompendo o seu ritmoOu perdendo a sua melodia,E nunca se perturbando -Só posso olhar e ver, no céu,Os rebentos espalhadosDe uma vasta, radiante rosa com as suas pétalas.""Ao acordar beijas a minha testaE levantas-.te à minha frente;Na outra praia do sono lentamente aparecesSob uma nova luz;E tu vens e enches o meu coraçãoE ficas com cabelos revoltos e róseos pés;Os céus despadaçam-se e tu os enches,E todos os jardins da vida e da juventudeEstão repletos de flores.Beijas a minha testa ao acordarEnquanto te levantas à minha frente."