Sinopse
O livro realiza uma análise dos discursos e da atuação de um grupo de médicos higienistas do estado de Minas Gerais, entre as décadas de 1930 e 1940, apontando para as aproximações com relação ao projeto centralizador e nacionalista do Estado sob Getúlio Vargas. Ganha destaque a compreensão a cerca de como estes profissionais aproveitaram-se do no momento político brasileiro, inaugurado com a Revolução de 1930, para garantir sua inserção social e política, reforçando a luta pela profissionalização da medicina no país. Para isto, os higienistas recorreram a um discurso que integrava o estatuto de verdade atribuído à cientificidade do campo médico à perspectiva nacionalista em voga, construindo a noção de "caráter cívico da medicina", o que demonstra como a ciência médica estava envolvida pelas questões de seu tempo.