Sinopse
Adilson, em seu livro, brinca com temas cotidianos, aparentemente sem maior importância aos olhos dos subjetivistas, como neste verso singularmente sonoro e lírico que inicia um de seus poemas – Chuva –, onde o poeta brada ‘’Oh chuva que cai, lava a alma do dia./Chuva linda, amena, morna da tarde/respingos do amor que ainda ard/desafoga meu peito que há pouco fervia...’’. Com esse estilo peculiar, tão próprio, o autor, ao seu modo, de alguma forma nos reensina a descobrir nas palavras simples e despojadas, com alguns poemas recheados de aprazível frescor juvenil, um universo de significados, porque carregadas de sentimentos e espontaneidade. Meu Rastro é a pegada, a marca de cada passo dado a caminho do fascínio e do desconhecido, em linguagem prazerosamente cotidiana, onde o autor nos brinda com sentimentos por ele vividos – e bem vividos, como ele próprio ressalta –, ao longo de sua caminhada. Com seu texto leve e descompromissado com formas preconcebidas, Meu Rastro tem o dom de nos enlevar em saborosos momentos de fantasia enriquecedora da alma.