Sinopse
Este livro nasce como objetivo de demonstrar como o conceito de liberdade, prescrito por Jean-Jacques Rousseau e Immanuel Kant, ao transitar do estado de natureza para o estado civil, teria constituído certa ética. Este estudo se justifica pela premissa de termos no século XVIII uma espécie de modificação no locus filosófico referente à forma de percepção da liberdade. Por assim dizer, o problema central apresentado aqui demonstra a forma de percepção do homem livre no que tange sua ação. Está na autonomia do ser que age a cisão entre o ser primitivo e o civil. Enquanto o homem civil age movido por imperativos morais (imperativo categórico), o natural tem suas ações desdobradas em função de sua mera subsistência e por isso pode ter, dentre outras possibilidades, o medo como inclinação. A liberdade civil abandona a forma pueril de ação do homem e a substitui pela prescrição da proteção daqueles que aceitam a tutela do Estado. O homem passa a buscar o bem-estar coletivo como pressuposto maior de suas ações.