UM OLHAR AQUI OUTRO ALI
Marilia Nacif
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Sinopse
“Um casal ia à casa de amigos e a conversa era amigável e mais formal. Vestia-se bem para se receber ou ser recebido. As conversas entre vizinhos, nas cidades do interior de Minas eram frequentes ao entardecer com a colocação de cadeiras nos passeios de suas casas. A informação à distância era feita através de cartas e telegramas e a notícia demorava um bom tempo para chegar ao destinatário.”
“Aprendi, quando criança, que o pecado de Adão e Eva foi eles terem desobedecido as ordens que lhe foram dadas quando habitavam o Paraíso. Era permitido que eles comessem de todas as frutas lá existentes, exceto a fruta da árvore do conhecimento, a “Malus domestica Borkh”, isto é, a maçã.”
“Os planos de saúde, em geral, pagam mal aos médicos. A vovó vai consultar e entra aquela fila de gente dentro do consultório. Já testemunhei isto. Intromete-se na fala do paciente, dá palpites, faz perguntas ao profissional... Haja paciência!”
“Já pensou um turista japonês, na praia de Copacabana, dizer somente isto: “Brasil muito bom, muito beleza”. No mínimo, no mínimo, lhe seria oferecido uma água de coco geladinha ou uma caipiríssima, ele que é chegado num saquê.”
“Acredito que se você tivesse tido um filho, Florbela, teria visto realizado seu desejo expresso em um dos seus mais conhecidos sonetos: “AMAR!”
“Eu quero amar, amar perdidamente”...
“Bem a advertiram que fosse para o Sírio-libanês ou o Einstein, como aqueles colarinhos brancos lá de Brasília. Num quarto do nono andar foi instalada. Almoçou. Procurou pelo palito. Cadê? Olhou para um garfo de plástico descartável e nem titubeou. Quebrou-lhe um dente. Escondeu o garfo debaixo do travesseiro...”
“Um dia, um senhor do campo, já setentão, veio à cidade em sua charrete, trazendo a esposa para fazer compras. Deixou sua “dona” no centro comercial e rumou para o mísero lupanar. O ritual das preliminares foi extenuante. Nem Salomé superava a bailarina mariposa na dança do ventre...”