A PRINCESA QUE PREFERIA MORCEGOS

A princesa deste livro definitivamente não é igual às outras. Ela não é daquelas sonolentas ou que esperam, se embelezando, pelo príncipe salvador. Na verdade, alguns diziam que ela nem era princesa boa para casar, nenhum príncipe encantado a escolheria. Ela, a “nossa” princesa, é descabelada, falante e simpática. Princesa-leitora, arteira, “gargalhadeira” e cheia de opinião. Com tudo isso, nunca seria daquelas que ficam sozinhas, tristonhas, esperando no alto de uma torre. Jamais. Ela estava sempre cercada dos mais diversos amigos, trocando ideias e se divertindo. Será que as Terras Longínquas estão tão longe assim? E a princesa que preferia morcegos não se pareceria mais com as nossas meninas do que com as princesas dos clássicos contos de fadas? Veja só, ela é princesa brasileira, valente, de olhos brilhantes e pele escura. Descendente de reis e rainhas ancestrais das soberanias africanas. E as ilustrações deste livro? Traços com cheiro bom de cordel nacional! Quando você ler esta intrigante história, talvez se pergunte se a princesa que preferia morcegos não é um pouco de cada menina que adora HQs do Batman, que é forte e corajosa e que é capaz de comprar uma briga para defender alguém de uma injustiça... Ela nunca será salva por um príncipe, nunca esperou por nenhum encantado, e se um cavalheiro fosse seu companheiro de aventuras, melhor que fosse desencantado! Enfim, um livro indicado para meninas e meninos de verdade, que sabem que o encanto da vida é ser dono dela.