DE QUANTOS CAMINHOS SE FAZ UM DIREITO?: MOBILIDADE E GÊNERO NOS QUADROS DE CIDADE

Ao dissertar sobre a mobilidade urbana de mulheres partindo das experiências e do olhar dessas autoras de suas próprias histórias para, então, correlacioná-los com o direito à cidade e à mobilidade urbana, Mariana não apenas opta por uma inversão entre análise empírica e análise teórico-conceitual. Trata-se, na verdade, de uma etnografia que nos permite compreender de forma real e situada as diferentes escalas – espacial, social e corporal – que determinam as condições de deslocamento das sujeitas móveis nas cidades e os limites das suas territorialidades. Com uma escrita sublime e em um texto estruturado com muito cuidado teórico e metodológico, Mariana nos emociona com suas narrativas e nos enreda em suas análises críticas sobre os contextos desiguais nos quais as mulheres experienciam a mobilidade urbana.