WALTER BENJAMIN: BARBÁRIE E MEMÓRIA ÉTICA
Joao Barrento
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Alexia Bretas
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Susan Buck-morss
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Jeanne Marie Gagnebin
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Imaculada Kangussu
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Maria Rita Kehl
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Michael Lowy
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Gustavo Silveira Ribeiro
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Kathrin Holzermayr Rosenfield
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Marcio Seligmann-silva
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Miguel Vedda
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Daniel Weidner
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Ricardo Timm De Souza
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Bruna De Oliveira Bortolini
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Manuela Sampaio De Mattos
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Helano Ribeiro
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Marcos Masserschmidt
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Tiago Dos Santos Rodrigues
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Sinopse
Walter Benjamin foi um profanador da tradição, uma espécie de Anjo Satanás – aquele que carrega rebelião e iluminação profana. Walter Benjamin pode ser pensado como um rabbi marxista cuja teologia havia se materializado através de sua relação com os objetos; seu Medium era a linguagem, sua força de pervivência: a história, a história dos excluídos. Assim, Benjamin via na pauperização moderna dos processos de preservação da memória, bem como na manipulação estética da política, o avançar do inimigo que não cessava de vencer: a barbárie. Mas ele sempre deixou igualmente muito claro que “não há documento de cultura que não seja também documento de barbárie”. Disso decorre nosso ceticismo em relação à história e àqueles que a escreveram. O que nos leva, imediatamente, ao apelo por uma ética da memória que seja capaz, mesmo que, gestualmente, ler a história a contrapelo. Não nos admira que uma das palavras mais recorrentes nos textos desse rabino marxista seja tarefa. Mas qual era a sua? Ensinar-nos a ler o invisível, o mudo, o inaudito. Ou até mesmo ler o que ainda não foi escrito, fazer pulsar o sintoma dos interstícios, das cesuras, dos limiares da história. Desse modo, o livro Walter Benjamin: barbárie e memória ética revela-se em uma reunião de textos que colocam em jogo nesse Spielraum, nesse espaço de discussão dialética, o pensamento constelacional e imagético de Walter Benjamin. Sobretudo em tempos sombrios, a tarefa de elaboração de um pensamento ético, aqui proposto pelos autores, será a provocação de um verdadeiro estado de exceção que não corresponda ao atual.