TUBERCULOSE E DETERMINANTES SOCIOECONÔMICOS

O Brasil é um país muito desigual e excludente, e em função disso, sua população é vulnerável a muitos agravos à saúde. Somente demarcando esse recorte socioeconômico é possível enfrentarmos as causas da prevalência da tuberculose na nossa população. Atualmente, vivemos um processo de empobrecimento e crise econômica, que será ainda mais aprofundado com os efeitos prolongados da pandemia da COVID-19 na economia global nos próximos anos. A lógica de austeridade fiscal e de implantação de um Estado mínimo tem sido uma ameaça a mais ao Sistema Único de Saúde, e isso pode ameaçar o sucesso dos programas de controle da tuberculose no Brasil. Nesse contexto, o mérito desse livro está em demonstrar, primeiro, que é preciso produzir conhecimento para o enfrentamento local da prevalência da tuberculose. E isso foi muito bem feito nos sete capítulos desse livro. Segundo, que uma universidade pública tem o capital intelectual para essa tarefa. As organizadoras Maria Yaná Guimarães Silva Freitas e Maria Lúcia Silva Servo são pesquisadoras da Universidade Estadual de Feira de Santana, competentes e há muitos anos comprometidas com a busca por conhecimento que fortaleça a saúde pública em Feira de Santana. Evandro do Nascimento Silva Reitor da Universidade Estadual de Feira de Santana – BA