Sinopse
A pesquisa realizada partiu exatamente dessa historicidade do espaço intelectual na trajetória de Gustavo Barroso: ora escritor, orafundador/diretor do Museu Histórico Nacional, mas sempre preocupado com a definição de métodos adequados para o conhecimento do passado. Aqui, o objeto de investigação define-se, portanto, no âmbito das fronteiras que constituíram legitimidade para o exercício tanto da pesquisa histórica quanto da divulgação de narrativas historicamente fundamentadas. Isso numa perspectiva mais geral. Em um plano melhor delimitado, com os devidos recortes que caracterizam a possibilidade de problematização, o interesse da investigação enfoca relações entre a escrita de Gustavo Barroso e as escritas que lidam, de alguma forma, com a participação da poeira nos usos do passado.Nesse recorte, ainda amplo, a pesquisa trabalhou com a seguinte hipótese: a formação da ideia de história nas primeiras décadas de existência do acervo e das exposições do Museu Histórico Nacional (MHN) extrapola a atualização de uma sensibilidade antiquária vinda de séculos anteriores. Além disso, ou subjacente a isso, pretendo examinar os usos do passado que investem no poder simbólico dos artefatos expostos, relacionando-os com a palavra escrita, tanto em legendas quanto nas estratégias das narrativas da ficção e dos relatos de viagem.