Sinopse
Uma estória surpreendentePaulo Rezende é um bom contador de estórias. Pensando bem, é também um excelente historiador: com enredos que cativam leitores de todas as idades, vai registrando para a posteridade modos de vida e valores sociais das comunidades interioranas do país, nas primeiras décadas do século XX, antes que a velocidade das mudanças impostas pela Era Tecnológica as engulam definitivamente. Não fosse esse trabalho e de outros contemporâneos, afeitos ao mesmo mister, rico em patrimônio cultural teria sido perdido há muito, privando as novas gerações de referências que lhes permitam compreender a evolução de suas próprias raízes e avaliar os valores culturais de sua época.A história contada neste livro, a de um garoto e seu estranho e misterioso canário - desenrolou-se num tempo em que os conceitos de preservação ambiental eram bem diferentes: caçar e manter passarinhos em cativeiro era uma forma de protegê-los de pessoas inescrupulosas que as dizimavam por divertimento. "Nos próprios quintais, podia-se caçar canário-da-terra, pintassilgo, sabiá, bigodinho, azulão, pássaro-preto, coleirinha papa-capim e, nas proximidades da cidade, coleiro, patativa, curió e bicudo", nos conta o autor.O desfecho da estória desafia o leitor a decifrar se está diante da realidade ou da ficção. Aceita o desafio?- Orelha escrita por Fátima Salvo