Sinopse
Quando menino, eu queria ser o mais visionária que eu pudesse. Rogério Silva, não. Buscava um artifício para desaparecer.Está relatado, em uma das crônicas deste livro é, antes de escrevê-la, ele já havia me narrado essa vontade de criança. A confidência ficou na minha cabeça. Talvez, porque, como jornalistas, trazemos à luz, sempre que possível, o que está à margem, oculto, na escuridão das evidências.Não entrarei em detalhes sobre o citado contexto. Não vou tirar o prazer do estimado leitor em folhear estas páginas, que nos ensinam tanto. Sei Freud, as fantasias (Fariam parte da neurose? Nem sempre), são materiais substanciosos para entender as motivações das pessoas.Acho mesmo que Rogério queria tornar-se visível, ao seu modo. E, adulto, encontrou varias formas. Que bom que, entre elas, está este livro. Aqui, o essencial está ao alcance dos nossos olhos.Deixem os seus bem abertos. Garanto que, ao terminar a leitura, nosso país, nossa política, nossa economia, Uberlândia, as relações pessoais alguns personagens, estarão um pouco mais claros. De forma dura, seca, realista. Mas tão, amável, delicada, com humor é demasiado humana. Quem tem olhos para ver, que leia.