Sinopse
O que é a poesia senão o desejo de plasmar certas epifanias em livro ou em almas, entender e sentir a vida na sua essência mais transparente de páginas escritas em existência calma ou sangue metafórico? Os primeiros textos vacilantes, a estética arrancada das dores e questionamentos mais profundos do exercício dos equívocos. As vicissitudes, alegrias e alegorias do sentimento jovem e o caminhar dos anos: inexorável passagem. Assim mesmo, pretenso poeta, continuar insistindo nessa colheita, nesse cultivo do absurdo e do absoluto que é escrever. Andanças e reandanças internas, sequiosas e constantes na divisa do invisível, na solidão fecunda do ato, do erro, do acerto e do sublime. Poesia é o sublime, definitivamente, o sublime do ser. "O Cerne" é a apresentação do fazer poético condensado ao longo de uma vida, desde os anos noventa da juventude até os dias atuais em minha produção literária e estética.