Sinopse
Entramos numa pesquisa poética, a estranha violência da poesia: por que? que violência é esta? não ser um "discurso direto", algo visto onde não se encontra "absolutamente nada"? exigindo "três vezes para ser lido" ou nada significa. esse é o terrível da poesia? não! o poema não é algo do mundo dos espetáculos, das regras, da normalidade de todas as coisas, das linguagens, das famílias, mas algo do corpo. [...] A arte é mais pura que a investigação, mas só encontramos a arte, a poesia na aventura da investigação feita pelo corpo entre corpos, entre palavras, na vida. [...] O poema em si é a única coisa que existe, mas é mais do que ele, isso nos apavora e alegra. Vivemos e nos recordamos, pensamos e novamente tudo se torna palavras, versos, da mesma matéria dos sonhos, como se fossem as coisas mesmas, sendo mais, menos e mais, o quase ser que diz o ser, isso que some ao aparecer se tornando palavras. [...] a pesquisa é o poema, é o poema é a vida. o menos que nada que é tudo. vem o mundo, se vai o mundo. Morgana Rech cria um poema fundamental. Apenas lendo, indo além das suas camadas, (até mesmo a primeira é maravilhosa) é que poderemos chegar a esse nada essencial, isso poesia, a nossa respiração, sangue, vida. Eu não gostaria de não ter lido esse livro. Ele é muito mais do que está dito aqui.