CAIXA DE GUARDAR VONTADES
Emir Rossoni
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Sinopse
O cronista é um colecionador de breves achados. Se o romance ocupa as paredes dos grandes museus e o conto os salões das pequenas galerias, a crônica pode ser encontrada nos lugares mais imprevistos como no porta-malas de um antigo Chevette, esquecida no fundo de uma velha caixa de anzóis.Tendo como isca uma coleção particular de desejos e vontades, Emir Rossoni nos fisga em histórias que buscam matéria-prima em sua relação com o mundo. Uma relação permeada pela escrita, que como ele mesmo define na crônica que fecha este volume, é uma forma de falar, mas sobretudo uma forma de ouvir.E é ouvindo o mundo, a confusão de buzinas e besouros, a sinfonia secreta das chaves, das portas e a dos porteiros, que Emir constrói sua visão peculiar do cotidiano, este banco de praça que é o verdadeiro escritório de todo cronista.Nesta conversa de compadres e comadres a que ele nos convida, da qual até Machado de Assis participa, em imortal estado de espírito, o leitor empresta não apenas os ouvidos mas também a língua um órgão capaz de falar de coisas que a gente entende, mesmo não tendo a mínima ideia do que querem dizer.Tiago Germano