Sinopse
Em sua escrita, Flávia Péret propõe um jogo que busca o simples, fala claro, diz o que quer. Antes, uma escrita que quer, deseja. Não se trata de uma poética de metáforas, de jogos de esconder. São jogos de mostrar, mostrar mais, apontar com convicção onde é que vive a poesia nestes tempos difíceis. Nas tarefas domésticas, na avenida Antônio Carlos, na fantasia de carnaval. No sono e no hálito matinal, nas formas de assar bolo. Jogos de mostrar são explosivos, não fazem ameaças, não dão avisos. Resultam em uma poesia que alcança e pega com as duas mãos, com firmeza e inteligência. Operada como jogo em seu próprio sistema a linguagem , está, não resta dúvida, um exercício de vida inteira, o de nascer e tornar-se mulher. Mulher-bomba.