Sinopse
A peça "A Revolução dos anões" nos remete às grandes linhas de pensamento sobre o teatro no Ocidente. Leva-nos, sobretudo, a Bertold Brecht e Antonin Artauld, no que tange à postura crítica da direção da peça e de como tanto o espectador e atores se portam ao recepcionar e interpretar a performance. Em tempos pós-modernos em que somos instados a consumir produtos e serviços de modo gratuito, leviano e buscando somente o entretenimento vazio de sentido, Maurini de Souza e seus pupilos nos brindam com um teatro na contra mão, um teatro crítico, um teatro desagradável que nos faz sair da zona de conforto e verificar as mazelas sociais e pensar em agir para a mudança. A peça também nos leva a pensar que fora das molduras dos discursos ideológicos e da sociedade do consumo de bens e serviços que a tecnologia burguesa e capitalista nos oferece, podemos encontrar uma saída. A moldura do espelho se quebrou por um ato da nobreza e pode haver mais caminhos a seguir à medida que estamos, talvez, soltos em um universo com mais alternativas. Vale a pena ver e ler a peça "A revolução dos anões".