Sinopse
"(...) Jônata Gonçalves da Silva inscreve seu campo de abordagem, com o olhar sensível, sobre o corpo poético que norteia as ações artísticas da Téspis Cia. de Teatro. E vai além ao propor uma discussão sobre a incidência do corpo político na tessitura da estética de grupo. O olhar está direcionado para as construções poéticas e para a busca por um corpo-abismo que se insurge em dramaturgias de vivência. No entanto, ele avalia que essa construção só se efetiva em contextos favoráveis à criação. Em linhas gerais, o que se concluí é que uma cidade, um estado e um país que cria condições favoráveis à arte, à educação e à cultura estabelece um pacto de humanismo com seus cidadãos. O leitor tem em suas mãos a possibilidade de conhecer, mais a fundo, um recorte importante de uma das principais companhias de teatro de Santa Catarina. (...) Jônata impõe aqui a sua vivência e nos conduz a entender os diversos procedimentos de linguagem que compõem o percurso prático, teórico e político da Téspis Cia. de Teatro. O livro oferece um olhar de afeto sobre seus companheiros, Afeto tão indispensável para a nossa sobrevivência, sobretudo neste momento político em que a arte sofre profundo desprezo e ataque. A arte existe para provocar um reencontro do homem com o seu gesto inaugural, isto é, para explorar a experiência humana e jogar luz sobre os escombros matadouros de nossa vivência coletiva." - Marco Vasques