Sinopse
Levantou-se e apressadamente desinfetou novamente as mãos e começou a trabalhar confiante de que estava sendo orientada por mãos invisíveis. Depois de muitos esforços eis que Benta consegue tirar a criança, mas por obra do destino, a criança nasceu morta e não havia ninguém por testemunha. A mãe quase inconsciente nada podia registrar.(...)Tudo parecia conspirar a seu favor. ... Trocarei as crianças. pensou num lapso Não tenho condições de criá-la... Este casal poderádar a ela tudo e muito mais.... Enrolou a criança morta em vários panos e a colocou na bolsa onde anteriormente guardavam seusapetrechos de parteira. Sem pensar duas vezes, dona Benta saiu sem ser vista carregando o bebê. Com ligeiros passoschegou a sua casa. Estava ofegante, a criança parecia pesar o dobro. Tomou a criança que deixara no berço de Ari colocando a morta na cama ao lado de Maurício. Cuidadosamente depositou a criança viva na sacola onde trouxera a outra e abraçando-a junto ao peito dirigiu-se rapidamente de volta a casa onde ainda necessitavam de seus préstimos.(...)Benta colocou nela as roupinhas do enxoval e a deitou no berço onde estava tudo preparado a espera de sua chegada, ou seja, a chegada do bebê que não teve a oportunidade de viver. Voltou a atender a mãe reanimando-a com cheiros fortes para que pudesse ver e amamentar acriança que deveria estar faminta.(...)Tomando a criança nos braços ela continua a dizer: Olha que linda menina! obtemperou Benta erguendo a criança diante dela Dê-lhe o seio para que possa se alimentar. Deixou-a nos braços felizes, daquela que também quase morreu ao dar a luz. ... Missão cumprida! pensou limpando o rosto. Agora só restava ir para casa e cuidar dos restos mortais de pai e filha. Ao chegar em casa limpou o suor que lhe corria pela face, tombou no sofá e ali mesmo adormeceu sem as devidas providências que deveriam ser tomadas.