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UMA FAMÍLIA PARA EMÍLIA

Monica Martins
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Sinopse
Uma família para Emília é o quinto livro da autora e marca o surgimento da editora Moma. A obra é baseada nas personagens criadas por Monteiro Lobato (1882-1948), que há muito povoam o imaginário cultural brasileiro. Em Uma família para Emília estão conhecidas personagens nossas: a encantadora boneca de pano, Dona Benta, Tia Nastácia, Narizinho, Visconde, Pedrinho, entre outros. Mas a obra tem fôlego próprio. Não se trata de uma mera transposição do universo de Lobato para os dias de hoje. O livro é dividido em pequenos capítulos encadeados por um mesmo fio narrativo que, com delicadeza, conduz o leitor até o clímax final. O tema não podia ser mais atual e pungente: Emília quer uma família. Em meio à ordem do Sítio, ela se sente deslocada. Todos têm uma família, menos ela. É da aparente desordem de Emília, contudo, que surgem as histórias que movimentam a aparente ordem do Sítio. Aparente porque, como recorda Tia Nastácia, Emília é uma boneca de pano que começou a falar por causa de uma pílula dada por um caramujo”! Nascida de uma saia velha de Tia Nastácia”, como diz Pedrinho. Nascida de trapos e retalhos...O computador, a geladeira e a televisão chegaram ao Sítio e Emília teme ser substituída por uma boneca eletrônica, dessas fajutas”, como ela diz. O choque entre passado e presente é o pano de fundo inicial para a autora apresentar a insegurança e os receios da personagem. Teria a boneca de pano ficado obsoleta? (Aqui, não podemos deixar de nos perguntar como Emília pronunciaria essa palavra, obsoleta!) A busca de Emília por uma família é, no fundo, uma busca por segurança e por um lugar no mundo. Pedrinho está montando com Dona Benta uma árvore genealógica e Emília também quer uma árvore para chamar de sua. Afinal, ela não poderá aparecer na árvore de Pedrinho. De-pois, para onde iria caso fosse substituída? Falando com seus besouros, Emília encarrega-os de descobrirem alguma pista sobre suas origens. Tia Nastácia fornece, então, um ponto de partida: um pequeno pedaço de pano retirado de sua saia, ao qual Emília passa a chamar de primo Mudinho. Esse é o pontapé inicial para o desenrolar de uma história sobre desalento e esperança, regada com o bom humor típico do universo do Sítio. Mas Emília guarda um segredo, que será revelado ao leitor no final do livro e que mostrará que sua verdadeira família está onde sempre esteve...Monteiro Lobato queria escrever livros em que, segundo ele mesmo disse, crianças pudessem morar. Para tanto, uma obra deve também levantar questões ao leitor – questões em que ele possa demorar-se –, despertar perguntas e fornecer, ainda que nas entre-linhas, respostas. E isso a obra de Mônica tem de sobra. O que é, afinal, uma família? Qual o lugar do sonho e da fantasia em nossas vidas? O que fazer com eles caso se sobreponham à realidade? Onde está a realidade? O que nos move? Essas são algumas perguntas levantadas pela autora, cuja obra agradará tanto leitores familiarizados com as personagens de Lobato quanto marinheiros de primeira viagem. As ilustrações de Maurício Veneza são um capítulo à parte, transmitindo, com vivacidade e leveza, o conteúdo narrado pela autora. É nítida a sintonia entre texto e ilustração. Imagino que o fato de Maurício ser também escritor ajude muito nisso. Como fica claro no livro de Mônica, Emília resistiu à modernidade, passou na prova do tempo e está longe, mas muito longe, de ficar obsoleta.

Categoria
Editora Moma
ISBN-13 9788590659600
ISBN 8590659607
Edição 1 / 2018
Idioma Português
Páginas 102
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