TRABALHO E FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL (FORMAÇÃO PEDAGÓGICA #III)
Dante Henrique Moura
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Sinopse
APRESENTAÇÃO DA OBRA A obra intitulada: Trabalho e formação docente na educação profissional é o terceiro volume da Coleção Formação Pedagógica foi desenvolvida a partir dos resultados de pesquisas bibliográficas e empíricas, dos trabalhos resultantes de orientações concretizadas ao longo dos últimos anos, assim como do diálogo com trabalhos de outros pesquisadores que também dedicam sua obra, completamente ou em parte, ao campo trabalho e educação, particularmente no que concerne à educação profissional e suas imbricações com a educação básica, incluindo a formação docente para esse campo. Desse modo, ao longo do texto reflete-se sobre como o profissional docente se constitui como tal, com ênfase no campo da educação profissional. Em primeiro lugar, é fundamental compreender que a constituição do professor não é fruto apenas de sua formação inicial e/ou continuada. Tampouco, depende apenas da disciplina em que atua ou ainda da(s) escola(s) em que trabalha. Na verdade, todos esses elementos estão imbricados entre si e com outros que formam a totalidade social na qual estão imersos os professores. Nessa totalidade social tem papel crucial a racionalidade hegemônica na atual sociedade: o capitalismo de cunho neoliberal que transforma tudo em mercadoria, inclusive, direitos sociais básicos como saúde, segurança pública e educação; que, ao mesmo tempo, se alimenta da extrema desigualdade social e dela nutre, ao potencializar a exacerbação da competitividade. Essa racionalidade, que tem como um de suas importantes premissas a naturalização da ideia de que nem todos podem ter acesso aos bens materiais, imateriais, culturais etc. produzidos pela humanidade, impulsiona a escola a formar pessoas cada vez mais competitivas para que possam fugir do grupo dos excluídos e fazerem parte do seleto grupo dos incluídos; que tenham amplo domínio sobre como saber fazer muitas coisas diferentes; que sejam empreendedores e tenham empregabilidade.Isso porque faz parte dessa racionalidade o fato de que não há emprego para todos, logo é necessário ser o mais empregável possível, mas se mesmo com esse atributo não há espaço para todos, tal fato é naturalizado, sendo o empreendedorismo colocado como a solução para a sobrevivência individual. É o diferencial competitivo!