Sinopse
[A fotografia depois do humano/ Photography after the Human, 2016, ZYLINSKA] Como podemos visualizar e consequentemente reimaginar a abstração que é a extinção da espécie humana enquanto ainda temos tempo? Este ensaio aborda a questão ao considerar a existência de imagens em particular imagens mecânicas geradas por indução da luz, conhecidas como fotografias depois do humano. A designação depois do humano não se refere apenas ao desaparecimento físico dos seres humanos em um futuro distante, mas também à atual imaginação do desaparecimento do mundo humano como um tema proeminente na arte e em outras práticas culturais. Tal pornô de ruínas tem alguns antecedentes históricos: das sublimes paisagens românticas de abadias em ruínas a quadros como Rotunda, de Joseph Gandy, encomendado por John Soane, o arquiteto do Banco da Inglaterra, que retratava o banco em ruínas mesmo antes de ser construído. No entanto, as imagens de ruínas ganharam uma nova inflexão no antropoceno, período que se considera estar em uma dupla crise eco-eco: a atual crise econômica global e a iminente e irreversível crise ecológica